SEQUÊNCIA DIDÁTICA
Disciplina: Língua Portuguesa
Professora: Ana Maria Miranda Vaz, Érika Virginia, Nelma Geromel
Gênero: Ler, compreender, reconhecer, produzir artigo de opinião e posicionar-se criticamente.
Publico Alvo: estudantes do 3º ano
Número de Aulas: 20
ATIVIDADE PARA APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA PEDAGOGICA
1ª ATIVIDADE DE APRESENTAÇÃO DA SEQUENCIA DIDÁTICA
Expectativa
Atividade
Número de aulas: 1 aula
ATIVIDADES PARA IDENTIFICAÇÃO DOS CONHECIMENTOS PRÉVIOS
2ª ATIVIDADE: CONHECENDO UM ARTIGO DE OPINIÃO
Descritores: D5;D14; D21
Expectativas de ensino e aprendizagem
Número de aulas: 2 aulas
Atividade:
3ª ATIVIDADE: PRODUÇÃO INICIAL DE UM ARTIGO DE OPINIÃO
Expectativas de ensino e aprendizagem:
Descritores: D2 - D6- D21
Números de aulas: 1 aula
Atividades
ATIVIDADE PARA AMPLIAÇÃO DOS CONHECIMENTOS
4º ATIVIDADE: CONHECENDO UM ARTIGO DE OPINIÃO
Expectativas de ensino e aprendizagem:
Descritores:D1;D6;D12;D14;D21
Número de aulas: 1 aula
Atividades
a) Título
b) Subtítulo-em alguns casos, em que o produtor definará melhor o assunto a ser desenvolvido.
c) Assinatura do jornalista-quando veiculo a opinião do emissor (produtor do texto)e com assinatura da redação quando emite a opinião do jornal;
d) Texto, pertencente ao expor interativo com sequencias argumentativas, contendo o assunto que deseja emitir.
5ª ATIVIDADE: ANALISANDO ARTIGO DE OPINIÃO
Expectativas de ensino aprendizagem:
Descritores: D2;D8;D9; D13;D17;D19
Número de aulas: 1 aula
Atividades
6º ATIVIDADE: QUESTÃO, POSIÇÃO E ARGUMENTOS.
Expectativas de ensino e aprendizagem:
Descritores:D6;D8;D9;D10;D14;D12;D21;
Número de aulas: 4 aulas
Atividades
Distribua o texto em anexo “ Deficientes, feios e pobres”.
a) A questão polêmica
b) A posição que o autor tomou;
c) Os argumentos utilizados por ele;
d) Premissa;
e) Contra-argumentos;
f) Conclusão;
7º ATIVIDADE: SUSTENTAÇÃO DE UMA POSIÇÃO
Expectativa de ensino e de aprendizagem
Descritores-D3;D14;
Números de aulas: 2 aulas
Atividade
Identificando os diversos tipos de argumentos.
8ª ATIVIDADE: COMO ARTICULAR
Expectativa de ensino e aprendizado
Descritores:D1; D11;D13;D14;D15
Número de aulas: 2 aulas
Atividades
9ª ATIVIDADE: VOZES NO ARTIGO DE OPINIÃO
Expectativa de ensino e aprendizagem
Descritores:D13
Número de aulas: 1 aula
Atividades
10ª ATIVIDADE: PESQUISAR PARA ESCREVER
Expectativa de ensino aprendizagem
Descritores:D3;D6;D12
Número de aulas: 2 aulas
Atividades
ATIVIDADES PARA SISTEMATIZAÇÃO DOS CONHECIMENTOS
11ª ATIVIDADES: ASSIM FICA MELHOR
Expectativa de ensino e aprendizagem
Descritores; Todos os descritores.
Número de aulas: 2 aulas
Atividades
12ª ATIVIDADE: PRODUÇÃO DE ARTIGO DE OPINIÃO
Expectativa de ensino e aprendizado
Descritores; Todos os descritores
Número de aulas: 1 aula
Atividades
13ª ATIVIDADE: ÚLTIMOS RETOQUES
Expectativas de ensino e aprendizagem
Descritores: todos os descritores
Número de aulas: 1 aula
Atividades
Roteiro;
Observação: Você professor poderá utilizar o quadro em anexo de avaliação para avaliar a produção de seu aluno.
Anexo
1ª atividade apresentação do artigo de opinião
Aumento da violência morte criminalidade insegurança da população população impunidade crimes sem resolução pobreza risco de vida na profissão abuso de poder mais corrupção depressão |
Corrupção
Na
Corrupçãosi Situação atual no Brasil
Corrupção na polícia
Má formação do policial
Baixos salários no país dinheiro fácil pelo tráfico
Falta de emprego
Tráfico de drogas
Concurso público ineficiente
Falta de oportunidade para
Estudos de nível superior impunidade na profissão Pobreza que leva
a assumir os riscos
Texto para 2ª atividade
(1) Menor participa de 1% dos homicídios em SP
Levantamento da Secretaria de Segurança surpreende tanto defensores como contrários à redução da maioridade penal
Gilmar Penteado
da reportagem local
Estatística inédita revela que é pequena a participação de menores de 18 anos na autoria e crimes graves em São Paulo. Eles são responsáveis por cerca de 1% dos homicídios dolosos (com intenção) em todo o Estado. Eles também estão envolvidos em 1,5% do total de roubos- maior motivo de internação na Febem - e 2,6% dos latrocínios (roubo com a morte da vitima). De acordo com a IBGE, essa faixa etária representa 36% da população.
Os dados, calculados com base em ocorrências em que foi possível identificar se o criminoso era menor ou não, surpreenderam tanto defensores como contrários à redução da maioridade penal.
Pesquisa feita em dezembro pelo Data-folha indicou que 84% da população defende a redução da maioridade penal. "Esses números derrubam o mito da periculosidade dos jovens e mostram que a redução da maioridade penal vai ter um impacto muito pequeno e ineficaz", afirmou o sociólogo e doutor em ciência polícia Tulio Kahn, coordenador-executivo da CAP (Coordenadoria de Analise e Planejamento.). (...)
"Essas imagens enviesadas, de que o jovem está envolvido com crimes graves, podem sustentar políticas públicas e leis que não atacam a raiz do problema e que podem até piorar a situação ", disse 0 coordenador.
A participação dos adolescentes só ultrapassa a faixa dos 10% nos crimes de tráfico de drogas (12,8%) e porte ilegal de arma (14,8%), segundo a CAP.
Folha de S. Paulo de 01/01/2004
Texto para 3ª e 5ª atividade
(1) Maioridade penal
"Infelizmente, a reportagem que informou sobre as dados da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo – dando conta de que apenas em 1% dos assassinatos ocorridos no Estado há participação de jovens menores de 18 anos foi publicada em um dia de menor leitura do jornal ("Menor participa de 1% dos homicídios em SP", Cotidiano, pag. C1, 1°/1). Sua divulgação deveria ser o mais ampla possível, pois e didática. Sobretudo para aqueles que, movidos por emoções instantâneas e pela mídia televisiva dos finais de tarde, engordam as pesquisas de opinião a favor da pena de morte e da redução da maioridade penal.
" Rui Marin Daher· São Paulo,SP
SOU CONTRA A REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL
Renato Roseno
A brutalidade cometida contra dois jovens em São Paulo reacendeu uma fogueira: a redução da idade penal. Algumas pessoas defendem a ideia de que a partir dos dezesseis anos os jovens que cometem crimes devem cumprir pena em prisão. Acreditam que a violência pode estar aumentando porque as penas que estão previstas em lei, ou a aplicação delas, são muito suaves para os menores de idade. Mas é necessário pensar nos porquês da violência, já que não há um único tipo de crime.
Vivemos em um sistema socioeconômico historicamente desigual e violento, que só pode gerar mais violência. Então, medidas mais repressivas nos dão a falsa sensação de que algo está sendo feito, mas o problema só piora. Por isso, temos que fazer as opções mais eficientes e mais condizentes com os valores que defendemos.
Defendo uma sociedade que cometa menos crimes e não que puna mais. Em nenhum lugar do mundo houve experiência positiva de adolescentes e adultos juntos no mesmo sistema penal. Fazer isso não diminuirá a violência. Nosso sistema penal como está não melhora as pessoas. O problema não está só na lei, mas na capacidade para aplicá-la.
Sou contra porque a possibilidade de sobrevivência e transformação desses adolescentes está na correta aplicação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Lá estão previstas seis medidas diferentes para a responsabilização de adolescentes que violaram a lei. Para fazer bom uso do ECA é necessário dinheiro, competência e vontade.
Sou contra toda e qualquer forma de impunidade. Quem fere a lei deve ser responsabilizado. Mas reduzir a idade penal é ineficiente para atacar o problema. Problemas complexos não serão superados de modo simplório e imediatista. Precisamos de inteligência, orçamento e, sobretudo, de um projeto ético e político de sociedade que valorize a vida em todas as suas formas. Nossos jovens não precisam ir para a cadeia. Precisam sair do caminho que os leva até lá. A decisão agora é nossa: se queremos construir um país com mais prisões ou com mais parques e escolas.
Texto para 4ª atividade
(6) O desafio de reconhecer novas formas de participação
Patrícia Lánes
O (a) jovem participa da vida política do pais? A resposta é quase sempre a mesma: não, é alienado (a). O que se verifica na prática não é bem isso. Grupos de hip hop, dança, teatro e música, formados por jovens, pipocam nas favelas e periferias do Brasil. Isso não significa participar politicamente? E preciso compreender que participação política vai além do exercício do voto. Existem muitas maneiras, como se organizar em grupos nas escolas, comunidades e espaços de trabalho para tentar intervir nas decisões que estão sendo tomadas e mudar o rumo da história (seja da sua comunidade ou do seu país).
No caso dos (as) jovens não é diferente. A diferença está em como a sociedade vê a juventude e o que espera dela. O mito da juventude alienada não é tão recente e toma como referência uma maneira de participação referenciada na juventude das décadas de 1960 e 1970, que protagonizou as manifestações contra a opressão política. No Brasil, grupos de jovens estiveram ligados à resistência ao governo militar por meio de núcleos teatrais, partidos e movimentos políticos clandestinos, chegando até à luta armada. Foram também jovens transgressores (as) dessa época que protagonizaram o rico cenário musical, gerando movimentos cuja expressão mais conhecida até hoje é a Tropicália. Esse movimento de resistência foi essencial para que fosse possível, já na década de 1980, a reabertura para a democracia.
A ideia do jovem revolucionário ficou. Mas o mundo mudou nas últimas décadas. Uma então nascente cultura do consumo se consolidou. As utopias, antes claras e definidas, ficaram cada vez mais nebulosas. Mas continuou se cobrando dos(as) jovens que fossem revolucionários(as), como se fosse da natureza da juventude transformar para melhor.
Os (as) jovens estão se organizando talvez menos nos partidos, mas em grupos culturais locais, movimentos globais, redes ou ligados as organizações de cidadania ativa. Depois de reconhecer o novo, é preciso criar, no campo da política tradicional, formas de inserir esses e essas jovens ávidos para a participação em um espaço mais democrático e menos refratário a condição juvenil.
A discriminação de geração é um ponto complexo da participação jovem. Se junto de seus semelhantes é fácil dizer o que se pensa, na presença da pessoa adulta pode não ser tão simples. Mais ainda quando nem sempre a palavra e o meio pelo qual os (as) jovens se sentem mais à vontade para expressar sua opinião. Para desfazer esses e outros nós, grupos de jovens vêm se articulando Brasil afora, tentando aproximar essas práticas locais e muitas vezes pouco institucionalizadas do campo da política formal.
A estratégia de formação de redes por jovens não é nova. Os movimentos internacionais antiglobalização, por exemplo, (em sua maioria protagonizada por jovens militantes), começaram se articulando em rede pela internet. No Brasil, redes como a do Nordeste, a de Belo Horizonte e a do Rio de Janeiro (Rede Jovens em Movimento) estão começando a pautar questões mais amplas que dizem respeito aos (as) jovens moradores (as) desses lugares, articulando diferenças em nome dos direitos da juventude e da luta por políticas públicas mais inclusivas. A ideia parece estar frutificando. Durante o 10 Fórum Social Brasileiro, em novembro de 2003, essas três redes e outros (as) jovens se reuniram e deram o pontapé inicial para a criação de uma rede nacional da juventude, que deve realizar seu primeiro grande encontro ainda este ano.
Texto para 6ª atividade
VIOLÊNCIA NÃO, EDUCAÇÃO SIM
(Antônio Ermírio de Moraes)
O IBGE acaba de publicar a nova estatística de mortalidade da população. Ela mostra que o Brasil envelheceu, mas, lamentavelmente, ficou mais violento. O envelhecimento traduz a marca das nações desenvolvidas, nas quais as pessoas estão vivendo mais e com mais qualidade. O Brasil está nessa trajetória.
Em 1960, a esperança de vida era de 55 anos. Hoje é de 72 anos – feito que traduz a melhoria dos sistemas de prevenção e tratamento de doenças, entre outros fatores. É inaceitável, porém, verificar que a violência cresceu 100% nesse período, tendo chegado a um patamar horripilante. Em 2005, 12,5% do total de óbitos foram devidos a homicídios, suicídios e acidentes de trânsito. Essa é marca do antidesenvolvimento.
Não sou especialista no assunto, mas leio que o problema tem muitas causas: desarranjos familiares, falta de emprego, baixa renda, habitação precária, educação de má qualidade etc.
Álcool e droga são componentes de muita importância. A redução dos exageros no álcool e a eliminação do uso de entorpecentes ajudariam muito na diminuição das mortes violentas. Isso, por sua vez, requer uma série de medidas nas famílias, escolas, igrejas, no trabalho e nos fatores de potencialização de uso – bares e casas noturnas, por exemplo.
Nesse aspecto, há boas promessas. Vários municípios estão proibindo o funcionamento dos bares nas madrugadas. Na capital de São Paulo, com o esforço de apenas 30 fiscais, a lei está sendo respeitada de forma crescente. Os repórteres do caderno Metrópole de “O Estado de S. Paulo” observaram que, às 2h, o único ser vivo que perambulava no bairro boêmio de Vila Madalena na noite de sexta-feira, 23 de novembro, era um cachorro vira-lata. A grande maioria dos bares estava de portas fechadas. Assim ocorria em vários outros bairros da cidade. Calma na cidade.
O fechamento desses estabelecimentos em horários civilizados ajudou a reduzir os ruídos provocados por bares, restaurantes, danceterias e casas noturnas. Pode-se dizer que os paulistanos passaram a dormir, finalmente, um sono melhor, mais do que merecido, depois de um dia de trabalho estafante.
Sei que isso é uma gota d´água no combate à criminalidade e à violência urbanas. Mas, se cada um fizer sua parte – por menor que seja -, poderemos ter dias melhores.
Não podemos continuar perdendo tantos jovens em atos desvairados e por violência. Os mais atingidos são os rapazes de 20 a 29 anos, que estão na flor da idade e têm pela frente uma vida a ser construída em benefício próprio e do Brasil.
Oxalá a próxima pesquisa do IBGE mostre que os brasileiros vivem mais, melhor e em paz!
Folha de S. Paulo, 9/12/2007.
Texto para 6ª atividade
Deficientes, feios e pobres
Jessé Souza
Esse mundinho de criar frase politicamente correta para os excluídos ou injustiçados é mais que hipocrisia. É idiotizante. Querem transformar negros em afrodescendentes. Índios em nativos. Deficientes físicos em portadores de necessidades especiais.
Tudo isso não passa de uma forma que os politicamente corretos acharam para tentar esconder que — mesmo com o pomposo nome de portadores de necessidades especiais — os deficientes físicos continuam sem acesso, sem respeito se sem poder de exercer plenamente sua cidadania.
Tenho um irmão cadeirante (que anda de cadeira de rodas, um paraplégico T-4) — aviso logo, antes que digam que estou comentando algo que eu não entendo. E não é uma terminologia pomposa que o vai dignificar ou mudar a situação de exclusão em que vive mesmo rodeado de pessoas que o apoiam e o ajudam a ultrapassar obstáculos tanto físicos quanto psíquicos.
Os prédios não dão acessibilidade, os taxistas fazem cara feia e não param os ônibus não estão adaptados e as pessoas em vez de tratarem o deficiente físico como um cidadão, acaba os classificando como coitadinhos ou os rodeando de uma pena irritante.
Entre eles mesmos, os cadeirantes se divertem os colocando apelidos e chamando sem arrodeio ou hipocrisia por suas deficiências. E nós, tendo um em nossa família, aprendemos que essa história de palavras politicamente corretas não passa de uma cortina para esconder as graves falhas da sociedade com quem é diferente, feio, aleijado, pobre, de cor...
Não importa se chamamos de puta, garota de programa, mulher da vida ou qualquer terminologia politicamente correta. O que importa é se este politicamente correto é só da boca para fora ou estamos carregados de preconceito ou exclusão.
Não interessa se o cadeirante é paraplégico, aleijado, deficiente ou portador de necessidades especiais. Importa é o engenheiro construir rampas, o taxista parar e dobrar sua cadeira no porta-malas, o prédio público ter banheiros adaptados e os meios-fios adaptados.
Jamais iremos construir um mundo sem exclusão achando que buscando palavras politicamente corretas estamos acionando uma varinha de condão para incluir e dar acessibilidade aos deficientes ou mudando a mentalidade de quem discrimina e exclui.
Só vamos mudar a realidade de quem está em desvantagem em relação aos que se acham normais permitindo que os portadores ou deficientes de toda espécie exerçam sozinhos seu direito de ir e vir sintam-se cidadãos plenos e possam viver sem ser tratados como coitadinhos, que precisam de pena e dó para que as leis sejam respeitadas.
Texto base para o professor
Deficientes, feios e pobres
Jessé Souza
Esse mundinho de criar frase politicamente correta para os excluídos ou injustiçados é mais que hipocrisia. É idiotizante. Querem transformar negros em afrodescendentes. Índios em nativos. Deficientes físicos em portadores de necessidades especiais.
Tudo isso não passa de uma forma que os politicamente corretos acharam para tentar esconder que — mesmo com o pomposo nome de portadores de necessidades especiais — os deficientes físicos continuam sem acesso, sem respeito se sem poder de exercer plenamente sua cidadania.
Tenho um irmão cadeirante (que anda de cadeira de rodas, um paraplégico T-4) — aviso logo, antes que digam que estou comentando algo que eu não entendo. E não é uma terminologia pomposa que o vai dignificar ou mudar a situação de exclusão em que vive mesmo rodeado de pessoas que o apoiam e o ajudam a ultrapassar obstáculos tanto físicos quanto psíquicos.
Os prédios não dão acessibilidade, os taxistas fazem cara feia e não param os ônibus não estão adaptados e as pessoas em vez de tratarem o deficiente físico como um cidadão, acaba os classificando como coitadinhos ou os rodeando de uma pena irritante.
Entre eles mesmos, os cadeirantes se divertem os colocando apelidos e chamando sem arrodeio ou hipocrisia por suas deficiências. E nós, tendo um em nossa família, aprendemos que essa história de palavras politicamente corretas não passa de uma cortina para esconder as graves falhas da sociedade com quem é diferente, feio, aleijado, pobre, de cor...
Não importa se chamamos de puta, garota de programa, mulher da vida ou qualquer terminologia politicamente correta. O que importa é se este politicamente correto é só da boca para fora ou estamos carregados de preconceito ou exclusão.
Não interessa se o cadeirante é paraplégico, aleijado, deficiente ou portador de necessidades especiais. Importa é o engenheiro construir rampas, o taxista parar e dobrar sua cadeira no porta-malas, o prédio público ter banheiros adaptados e os meios-fios adaptados.
Jamais iremos construir um mundo sem exclusão achando que buscando palavras politicamente corretas estamos acionando uma varinha de condão para incluir e dar acessibilidade aos deficientes ou mudando a mentalidade de quem discrimina e exclui.
Só vamos mudar a realidade de quem está em desvantagem em relação aos que se acham normais permitindo que os portadores ou deficientes de toda espécie exerçam sozinhos seu direito de ir e vir sintam-se cidadãos plenos e possam viver sem ser tratados como coitadinhos, que precisam de pena e dó para que as leis sejam respeitadas.
Tipos de argumentos para 7ª atividade
Tipos de argumentos
Argumento de autoridade – Ajuda a sustentar sua posição, lançando mão da voz de um especialista, uma pessoa respeitável (líder, artista, político), uma instituição de pesquisa considerada autoridade no assunto.
Argumento provas – Comprova seus argumentos com informações incontestáveis: dados estatísticos, fatos históricos, acontecimentos notórios.
Argumento por exemplificação Relata um fato ocorrido com ele ou com alguém para dar um exemplo de como aquilo que ele defende é válido.
Argumento de princípio ou crença pessoal Refere-se a valores éticos ou morais, supostamente irrefutáveis.
Argumento por causa e consequência – Afirma que um fato ocorre em decorrente de outro.
Texto para 7ª atividade
Trabalho infantil consome futuro de muitas crianças
Jô Azevedo
Estatísticas recentes apontam a existência de cerca de milhões de crianças trabalhadoras entre 5 e 15 anos no país. A maior parte na agricultura, nas culturas de tomate, café, algodão, sisal, frutas e outras. Também em atividades como fabricar tijolos ou blocos, quebrar pedras ou produzir carvão vegetal. Nas cidades trabalham como empregadas domésticas, nos lixões catando material reciclável, como office-boys, vendedores de doces nos semáforos e “aviões” para o tráfico de drogas.
Muitas atividades têm na sua rotina as mãozinhas de muitas crianças e a gente nem sabe disso. Mas por que isso acontece? O costume, os hábitos da comunidade, a pobreza familiar, a falta de estudo dos pais, a ausência de escolas, políticas públicas e formas adequadas de geração de renda, além da natureza do mercado de trabalho são alguns dos motivos que levam milhares de pequenos brasileiros a trabalhar.
Criança que vai trabalhar cedo consome seu futuro nas jornadas de trabalho. Não consegue conciliar escola e trabalho, abandonando muito cedo as aulas. E hoje o exigente mercado de trabalho já não se contenta com a escola fundamental. Uma escolarização com tempo mais longo é uma exigência das atividades mais bem remuneradas. Se não há preparo adequado, o círculo de pobreza em que suas famílias estão mergulhadas vai continuar. Então trabalho infantil é um grande ceifador de futuros brilhantes. Tem mais: o Estatuto da Criança e do Adolescente, de 1990, uma conquista da sociedade brasileira, proíbe o trabalho de crianças até os 15 anos, salvo na condição assistida de aprendiz.
Se buscarmos uma sociedade menos desigual, em que a distância entre ricos e pobres não seja tão grande como agora, temos de acabar com o trabalho infantil. Ele é um dos motivos para continuidade do ciclo da miséria em muitas regiões brasileiras. É preciso quebrar esse ciclo, oferecendo outras formas de socialização para essas crianças. Se a educação é um direito de todos, precisamos lutar para que ela seja estendida de fato e com qualidade exigida a todas as crianças, para que todas possam desenvolver habilidades mínimas, senso crítico, visão de mundo e se preparem para a cidadania plena.
Muita gente acredita que o trabalho infantil é a solução. Mesmo os pais dessas crianças pensam dessa forma, pois não têm alternativa. Esta é uma estratégia de sobrevivência que adotam para amenizar os efeitos do desemprego e dos salários baixos e aumentar a renda minguada da família. Também encaram o trabalho como forma de treinar os jovens para o mercado, diante da precariedade da escola pública. Não enxergam que, assim, ao invés de expandir, limitam o desenvolvimento possível de seus filhos.
Outro argumento a favor do trabalho infantil o contrapõe à vadiagem. Ele seria uma alternativa para que a criança não vá para a rua e caia na marginalidade. Mas esse entendimento não mascara a falta de alternativas para socializar essas crianças? Esportes, ações complementares à escola, cultura e atividades de lazer, práticas comuns para crianças de classe média, não deveriam ser estendidas a todos os jovens, por meio de políticas públicas adequadas?
Todas essas questões estão na preocupação de muita gente: educadores, gestores de organismos internacionais, governantes, legisladores, juízes. Há mais de uma década o País se movimenta para enfrentar o problema. Primeiro, apontando as situações do trabalho infantil. Depois, por meio de governos e setores da sociedade, propondo programas para dar conta dele. Assim surgiram as bolsas para garantir a frequência à escola, as programações de atividades complementares à jornada escolar, os cursos profissionalizantes, a assistência às famílias em situação de risco, os programas emergenciais de geração de renda, etc. Mesmo assim, é pouco. É preciso uma política pública para acabar com essa praga. Por isso, nosso papel é muito importante. A fase de combate ao trabalho infantil que se inicia no novo milênio precisa ser pautada pela forte exigência de todos os setores sociais para que políticas públicas mais abrangentes sejam implementadas.
Tiras para a 7ª atividade
Montar os grupos e distribuir as tiras
Uso dos argumentos
J Q.P. B
Situação 1
Um adolescente, para resolver um problema econômico da família dele, resolveu fazer cópias de CDs para vender. Ele vendeu todos os CDs e pagou a dívida.
Questão polêmica: “O jovem tem ou não o direito de reproduzir CDs para vender, desconsiderando a lei dos direitos autorais?”.
Situação 2
Novas pesquisas indicam que os adolescentes começam a beber cada vez mais cedo e de forma abusiva. Preocupado com esse consumo de álcool, o prefeito de uma
cidade proibiu a venda de bebidas alcoólicas em bares próximos às escolas.
Questão polêmica: “Essa medida pode diminuir o consumo de bebidas alcoólicas pelos adolescentes?”.
Situação 3
Uma diretora de escola proibiu a entrada de alunos com piercings em sala de aula.
Questão polêmica: “É legítimo impedir o acesso à escola por razões de ordem estética?
Questão polêmica: “É legítimo impedir o acesso à escola por razões de ordem estética?”.
Tabela para 8ª atividade
Devemos ajudar nossos pais |
Pois, sem dúvida, |
A cooperação é um valor fundamental para a convivência familiar. |
|
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As propagandas mostram produtos atraentes indispensáveis para a nossa vida, |
Mas |
Cabe ao consumidor analisar aquilo de que realmente necessita e selecionar o que é bom. |
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O fumo faz mal à saúde. |
PORTANTO, |
AS PESSOAS DEVERIAM PARAR DE FUMAR. |
|
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A ÁGUA DOCE, POR CAUSA DOS ABUSOS COMETIDOS, PODERÁ ACABAR EM NOSSO PLANETA. |
Assim, |
É preciso definir algumas regras para o uso da água. |
|
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A limpeza de terrenos e casas é necessária para impedir a propagação do mosquito da dengue. |
Além disso, |
É importante que se faça uma campanha de conscientização para que as pessoas não deixem que a água se acumule em vasos e outros recipientes. |
|
||
Se o desmatamento não diminuir, |
É provável |
Que a Amazônia se transforme em imenso deserto. |
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É indispensável que se intensifiquem campanhas de coleta seletiva de lixo nas escolas, famílias e comunidade. |
Pois dessa forma |
A responsabilidade cidadã crescerá entre os moradores |
|
||
A pena de morte não é solução para a criminalidade. |
Primeiramente, |
Está comprovado que os crimes hediondos não deixaram de ocorrer nos países que a adotaram. |
|
||
A pena de morte não é solução para a criminalidade. |
Em segundo lugar, |
Porque muitos dos que foram executados tiveram, posteriormente, sua inocência comprovada. |
|
||
A pena de morte não é solução para a criminalidade. |
Finalmente, |
Não matar os semelhantes é um principio ético fundamental. |
Elementos articuladores para 8ª atividade
Uso |
Expressões |
Tomada de posição |
Do meu ponto de vista/na minha opinião/pensamos que/pessoalmente acho |
Indicação de certeza |
Sem dúvida/está claro que/com certeza/ e indiscutível |
Indicação de probabilidade |
Provavelmente/me parece que/ ao que tudo indica/ é possível que |
Relação de causa e consequência |
Porque/pois/então/logo/portanto/consequentemente |
Acréscimo de argumentos |
Além disso/também/ademais |
Organização geral do texto |
Inicialmente/primeiramente/em segundo lugar/por um lado/por outro lado/por fim |
Introdução de conclusão |
Assim/finalmente/para finalizar/concluindo/enfim/em resumo |
Texto para 9ª atividade
A futura gestão dos recursos hídricos
Cassio Borges
No semi-árido nordestino, a irregularidade das chuvas tem ocasionado ''ciclos secos'' de até oito anos seguidos como o que foi constatado entre os anos de 1950 e 1958. Mais recentemente, tivemos ''um ciclo seco desfavorável'' de cinco anos entre os anos de 1979 e 1983, tendo a sua abrangência atingido, até mesmo, o Estado do Maranhão. A constatação desses ''períodos críticos'' já, há tempos, feita pelo Dnocs, acarreta a redução do aporte de água fluvial para os reservatórios o que, por deficiência de recarga e por medida de precaução, impossibilita a utilização plena do volume de água armazenado nos açudes, do qual, em consequência, boa parte se perde pela elevada evaporação ( 2.500 milímetros).
Ao integrar os grandes açudes da Região a uma fonte perene externa como o Rio São Francisco, os recursos hídricos locais se potencializarão, possibilitando a gestão de um volume bem maior da água armazenada, estimulando o desenvolvimento social e econômico, tanto na agricultura irrigada, na pecuária, como na indústria, gerando emprego, renda e produzindo alimentos, o que é de interesse Nacional. Com a garantia dessa fonte externa, intensificando-se a utilização das águas acumuladas nos reservatórios, diminuirá a superfície exposta à evaporação e esta se reduzirá, aumentando, de forma substancial, a disponibilidade hídrica realmente utilizável. Em outras palavras, o desenvolvimento social e econômico se dará de forma mais abrangente não pela água do Rio São Francisco que estará chegando, mas pela intensiva utilização das águas locais que seriam perdidas para a atmosfera pelo efeito incontrolável da evaporação. Desta forma, as águas advindas da transposição serão reservadas, exclusivamente, ao abastecimento humano e animal sempre que os açudes estiverem secos, ou na iminência de secar.
Como exemplo, o açude Castanhão, que perde por evaporação, em média, cerca de 25 m 3/s, enquanto o aproveitamento regular de sua água é de apenas 19 m3/s. Essa perda poderia ser reduzida até menos da metade, gerando virtualmente um novo reservatório, e aumentando, significativamente, o aproveitamento de suas águas. Pois esse açude acumula 4,2 bilhões de metros cúbicos na sua cota de regularização. Desse volume, 30% são, em média, evaporados anualmente, restando, portanto, 3,0 bilhões. Destes, apenas são utilizáveis um volume da ordem de 600 milhões de m3 (19 m3/s), pois os restantes 2,4 bilhões de metros cúbicos deixam de ser utilizados justamente para ''guardar a água'' para vencer uma possível futura seca prolongada, ou um ''trem de anos secos'' no vocabulário do Dnocs. Não mais será necessária essa precaução de ''guardar água'' após a concretização da transposição, ou como quer o Ministro Ciro Gomes, do Projeto de Interligação de Bacias.
Como acima foi explicado, desaparecerá, completamente, o mais recente argumento dos opositores: ''a água vinda do Rio São Francisco é muito cara'' ou, ainda, ''é chover no molhado'' (ver Folha de São Paulo, do dia 17.10.05, na entrevista dada pelo pesquisador João Suassuna na matéria sob o título: ''Para opositores, projeto é chover no molhado''). Mas esse tipo de declaração só se pode atribuir à completa ignorância do que seja o semi-árido e aí incluo muitos dos que dizem ser cientistas (em que área da ciência?) e, por isso se acham com o direito de falar sobre esse tema nordestino, delicado e complexo, que desconhecem.
Não pode deixar de ser salientado que, pelo acima exposto, o custo da água trazida pela transposição será diluído no uso mais intenso e eficaz da água acumulada nos açudes. Ou seja, na realidade, cada m 3 transposto irá representar um volume maior utilizável. Pelo que, inegavelmente, não é o custo do m3 da água bombeada do Rio São Francisco que deve ser considerado na análise do custo/benéfico da Transposição, mas sim sua eficiência hídrica.
Texto para o professor acompanhar as atividades
A FUTURA GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS
Cássio Borges
No semiárido nordestino, a irregularidade das chuvas tem ocasionado “ciclos secos” de até oito anos seguidos, como o que foi constatado entre os anos de 1950 e 1958. Mais recentemente, tivemos “um ciclo seco desfavorável” de cinco anos entre os anos de 1979 e 1983, tendo a sua abrangência atingido até mesmo o Estado do Maranhão. A existência desses “períodos críticos”, já há tempos constatada pelo DNOCS, acarreta a redução do aporte de água fluvial para os reservatórios, o que, por deficiência de recarga e por medida de precaução, impossibilita a utilização plena do volume de água armazenado nos açudes e, em consequência, boa parte dele se perde pela elevada evaporação.
Ao integrar os grandes açudes da região a uma fonte perene externa como o Rio São Francisco, os recursos hídricos locais se potencializarão, possibilitando a gestão de um volume bem maior da água armazenada, estimulando o desenvolvimento social e econômico, tanto na agricultura irrigada, na pecuária, como na indústria, gerando emprego, renda e produzindo alimentos, o que é de interessa nacional. Com a garantia dessa fonte externa, intensificando-se a utilização das águas acumuladas nos reservatórios, diminuirá a superfície exposta à evaporação e esta se reduzirá, aumentando de forma substancial a disponibilidade hídrica realmente utilizável. Em outras palavras, o desenvolvimento social e econômico se dará de forma mais abrangente não pela água do Rio São Francisco que está chegando, mas pela intensiva utilização das águas locais que seriam perdidas para a atmosfera pelo efeito incontrolável da evaporação.. Desta forma, as águas advindas da transposição serão reservadas, exclusivamente, ao abastecimento humano e animal sempre que os açudes estiverem secos, ou na iminência de secar.
Como exemplo, o açude Castanhão, localizado no Ceará, que perde por evaporação, em média, cerca de 25m3/s, enquanto o aproveitamento regular de sua água é de apenas 19m3/s. Essa perda poderia ser reduzida para até menos da metade, gerando virtualmente um novo reservatório e aumentando significativamente o aproveitamento de suas águas. Pois esse açude acumula 4,2 bilhões de m3 na sua cota de regularização. Desse volume, 30% são, em média, evaporados anualmente, restando, portanto, 3 bilhões. Destes, apenas é utilizável um volume da ordem de 600 milhões de m3 (19 m3/s), pois os restantes 2,4 bilhões de m3 deixam de ser utilizados justamente para “guardar a água” para vencer uma possível futura seca prolongada, ou um “trem de anos secos”, no vocabulário do Dnocs. Não mais será necessária essa precaução de “guardar água” após a concretização da transposição, ou como quer o ministro Ciro Gomes, do Projeto de Interligação de Bacias.
Como acima foi explicado, desaparecerá completamente o mais recente argumento dos opositores: “a água vinda do Rio São Francisco é muito cara” ou, ainda, “é chover no molhado” (ver Folha de S. Paulo, do dia 17/10/2005, na entrevista dada pelo pesquisador João Suassuna na matéria sob o título: “Para opositores, projeto é chover no molhado”). Mas esse tipo de declaração só se pode atribuir à completa ignorância do que seja o semiárido e aí incluo muitos dos que dizem ser cientistas (em que área da ciência?) e, por isso, se acham com o direito de falar sobre esse tema nordestino, delicado e complexo, que desconhecem.
Não pode deixar de ser salientado que, pelo acima exposto, o custo da água trazida pela transposição será diluído no uso mais intenso e eficaz da água acumulada nos açudes. Ou seja, na realidade, cada m3 transposto irá representar um volume maior utilizável. Pelo que, inegavelmente, não é o custo do m3 da água bombeada do Rio São Francisco que deve ser considerado na análise do custo benefício da transposição, mas sim na eficiência hídrica.
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Cássio Borges é engenheiro civil, ex-diretor regional do
Departamento Nacional de Obras contra as Secas (DNOCS).
Aqui é ressaltado a especialidade do autor,que lhe confere autoridade para discutir o assunto.
1 O autor inicia o artigo esclarecendo sobre a situação dos recursos hídricos no Semi-Árido nordestino. Ele chama a atenção para o fenômeno da evaporação, responsável pela perda de grandes volumes de água.
2neste trecho o autor utiliza um argumento apoiado em conhecimentos científicos ao referir-se à evaporação.
3 o autor, no terceiro parágrafo, se respalda em dados de pesquisas para fundamentar sua argumentação.
4 A voz de uma autoridade.
5 O autor desvaloriza os opositores dizendo que as declarações deles demonstram completa ignorância do assunto. Escreve que os opositores” se dizem” cientistas, mas de fato não são.
Texto para 12ª atividade
O Lugar onde eu vivo
A cidade de Samambaia do Leste tem muitas belezas naturais, um clima agradável, e não posso deixar de dizer que o povo também é muito bom. O que está acontecendo ultimamente é que apareceram muitas fábricas. Elas trouxeram emprego, mas trouxeram também problemas.
A cidade cresceu muito, abriu muito campo de trabalho para as pessoas. As fábricas empregam jovens sem experiência e que não tem estudo para conseguir trabalho em outros setores que requerem nível de escolaridade, pessoas com deficiência física, outros que não suportavam o trabalho rural pelo peso da idade. Outra coisa que posso dizer é que trabalhando num emprego com carteira assinada é possível conseguir assistência do INSS e aposentadoria.
Mas a criação de empregos trouxe o aumento da migração. muitas pessoas desconhecidas vieram de outros estados e outras regiões e passaram a viver em nossa cidade, trazendo muitos problemas.Com isso, Samambaia do Leste não é mais uma família samambaiense.
Também por causa da migração, estamos enfrentando um custo de vida mais alto, com farmácia, com mercado, aluguel e falta de segurança, pois a cidade não está preparada para receber tanta gente e ,as vezes, se aproveitam da situação.
Enfim, vamos pedir a Jesus que olhe por esta cidade que acolheu tantos outros seus filhos para que eles consigam conviver com os moradores antigos desta terra que amamos muito.
Texto reformulado
Título |
Texto |
Perguntas |
Comentários |
O lugar onde vivo |
Esse título suscita curiosidade? Anuncia a questão polemica? Convida o leitor a conhecer o texto? |
O título não é apropriado, pois o aluno intitulou seu texto com o tema do concurso. |
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1 |
A cidade de Samambaia do Leste tem muitas belezas naturais, um clima agradável, e não posso deixar de dizer que o povo também é muito bom. O que está acontecendo ultimamente é que apareceram muitas fábricas. Elas trouxeram emprego, mas trouxeram também problemas.
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O autor indica claramente a questão polêmica? Usa linguagem própria ao artigo de opinião? Relaciona os problemas locais com situações nacionais ou até mesmo internacionais? |
Este parágrafo inicial poderia ser melhorado se o aluno usasse uma linguagem mais próxima da jornalística. Em sua descrição, ele poderia relacionar sua cidade com outras que enfrentam problemas semelhantes, explicitar os motivos que levaram as fábricas a se estabelecerem no local, formular mais claramente a questão polêmica e relacionar a industrialização com a urbanização acelerada. |
2 |
A cidade cresceu muito, abriu muito campo de trabalho para as pessoas. As fábricas empregam jovens sem experiência e que não tem estudo para conseguir trabalho em outros setores que requerem nível de escolaridade, pessoas com deficiência física, outros que não suportavam o trabalho rural pelo peso da idade. Outra coisa que posso dizer é que trabalhando num emprego com carteira assinada é possível conseguir assistência do INSS e aposentadoria.
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Que assunto é tratado no segundo parágrafo? Que autoridade poderia ser citada para fundamentar o argumento de que a vinda das fábricas é uma vantagem? Como as vantagens poderiam ser comprovadas? |
Neste trecho, o aluno faz, adequadamente, uma enumeração das vantagens que o estabelecimento das fábricas trouxe, mas não fundamenta com dados aquilo que escreve, nem indica a voz que, por trás da sua, valoriza a vinda das fábricas como fonte de benefícios incontestáveis. |
3 |
Mas a criação de empregos trouxe o aumento da migração. Muitas pessoas desconhecidas vieram de outros estados e outras regiões e passaram a viver em nossa cidade, trazendo muitos problemas. Com isso, Samambaia do Leste não é mais uma família samambaiense.
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O autor assume uma posição? Utiliza bons argumentos para sustenta-la, ou seja, bem fundamentados, coerentes e consistentes? |
Neste trecho ,o aluno comenta que atualmente a cidade tem problemas. As possibilidades de emprego atraíram migrantes, o que, para os antigos moradores, até mesmo ele, quebrou a harmonia da família samabaiense, aumento o custo de vida e a violência. Se ,por um lado, o autor assume uma posição, por outro não a justifica. Quais argumentos podem sustentar que a migração é a causa dos problemas apontados? Provavelmente, se o aluno tivesse pesquisado mais, tivesse lido alguns artigos de especialistas sobre o assunto, poderia ampliar sua visão sobre a relação entre industrialização, migração e urbanização acelerada, teria abandonado sua posição simplista de analisar o problema. Da forma como está, parece que há uma luta do bem ( a família samambaiense contra o mal (os migrantes). |
4- |
Também por causa da migração, estamos enfrentando um custo de vida mais alto, com farmácia, com mercado, aluguel e falta de segurança, pois a cidade não está preparada para receber tanta gente e ,as vezes, se aproveitam da situação.
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Será que todos os moradores pensam da mesma forma? Há pessoas que não acreditam que a migração seja a causa dos problemas? Quais seriam outras possíveis causas dos problemas apontados? |
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5 |
Enfim, vamos pedir a Jesus que olhe por esta cidade que acolheu tantos outros seus filhos para que eles consigam conviver com os moradores antigos desta terra que amamos muito.
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Como leitor, você ficou convencido dos argumentos do autor? Conclui o texto enfatizando a posição dele? |
Este último trecho é iniciado com a expressão “enfim”, indicadora de conclusão. Não basta, porém ,usar uma expressão articuladora correta. O modo como o aluno fecha o texto indica que ele não vê um possível encaminhamento para os problemas. Como faltou uma análise mais profunda da situação atual, da cidade, também faltam sugestões práticas para resolver os problemas existentes. |